terça-feira, 23 de abril de 2013

Ultima vez sobre o amor.


O dia começa com um olhar incalculável pra qualquer direção, os pensamentos primários são vestígios de sonhos e algum barulho da manhã, é tomado na maioria das vezes por decepções, segue a conformidade pelo que foi sentido dormindo não ser realidade, Agora começa a natureza da fragilidade do ser humano, talvez o  primeiro animal que sofre por preocupação surreal,quando esta descansando vê clara e nitidamente aquilo que mais teme, aquilo que mais despreza, aquilo que mais deseja. A inteligência te torna irônico não importa o quanto possa parecer infantil especular sobre o amor, comprei um livro a um tempo atrás num sebo, trazia amor no título, na cor vermelha da capa e na dedicatória escrita a caneta azul na folha de rosto “ Para Alessandra que tanto retrata o título deste livro” realmente um presente muito romântico  acontece que o livro tinha o conteúdo muito persuasivo falava de tal sentimento como irrelevante de uma forma dramática, era poético com uma visão bastante negativa do sentimentalismo cultural, hipoteticamente Alessandra terminou o relacionamento com o namorado ou o livro não estaria a venda no sebo, e não teria chegado ás minhas mãos me dando muita confiança para dissertar sobre, antes de começar qualquer frase sempre nos perguntamos o porquê, existe um consenso que determina falta de respostas para esta e tantas outras questões, torna cansativo demais a busca de soluções que determinem sua felicidade tornando mais fácil se apropriar das circunstancias...  Se exige que você deva sofrer em prol de uma vontade romântica você sofre, vai viver cada segundo de infelicidade e cada suspiro pra ter essa sensação de vida, sensação de sentido, seu extinto de sobrevivência não tem haver com deixar a mente sã, mas sim em tê-la em movimento seja como for, quanto mais intenso mais satisfatório. Amor...  Atrevo-me a dizer que é como pimenta, você sabe que em algum momento vai arder, mas você gosta. O choro da criança não dói pela agonia de vela sofrer e sim pelo Cinismo de vela fazendo pirraça.
     E como vejo isso tudo enfim? Como uma bola de neve que desce a montanha de delírios e cresce numa avalanche de vontades dentro de quem sente, não eu, já encarreguei de transformar minhas alucinações juvenis em plásticos bolha que explodo nas horas vagas. Acidentalmente me envolvo muito com fantasias e acabo não percebendo vantagens em situações reais, é uma batalha diária se ater em afazeres necessários, haja tempo pra me purificar com pensamentos líricos de uma vida amorosa inexistente.
            O amor?
          O amor é recheio
É incerteza;
É medo com receio.

O amor é inerente
O amor é composição
É inconseqüente
É uma contradição
Amar é competência de ser
A honra de merecer
Ou a covardia de negar
Não deixar de amar
É a incompetência de não aceitar
Estar junto é essência
Conversar
Soltar
Dissipar na inocência
Deliciar por sermos
E sermos nós mesmos
Amar é Paciência
Paciência pra sofrer
E força nos joelhos.
Evoluir como pessoas sem perder o sentido
Ajoelhar no chão
Colar qualquer caco de vidro.  

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