Aqueles sonhos molhados que escorrem por entre as pernas e
lentamente te deixa zonzo na hora em que levanta. Tudo bem que a sacanagem vira estratégia na
voz de quem vos fala, mas quando se desperta de uma relatividade contida
encontramos enfim,
Equinócio de Outono
desperta energias enlouquecidas de tardes em São Thome estilizadas em areia,
vodka, estrelas... e por ai vai. Que virão com certeza.
Eu tenho a sensação de estar
muito a frente do tempo, já aproveito o sabor da torta no momento em que colho
os morangos. Já me despi de mascaras no momento em que tirou minhas calças, E
me livrei de muita culpa simplesmente por sorrir.
Não tenho pressa, pode levar o ritmo que for, estou descansando
embaixo de uma arvore de lamentações e tenho sido alimentado por folhas secas
de gloria. Nem se quer me movo mais para apanhar uma pedra e jogar no lago que
imaginei em momento insano. A sombra tem cheiro de limão, Bebo água da chuva
quando convém, convém que chova, tem sabor de poluição com certeza. Limito
minhas metáforas para um sabor tão desnecessário.
Limito também a dizer que sou eu aquele que ergueu um cajado
e matei uma barata hoje cedo, percebe que poder eu tenho utilizando um
instrumento, julgando que jamais teria contato físico com tal nojenta barata, o
ritual fúnebre para ela ocorreu em grande estilo sujeito a rituais de oração em
homenagem a ela.
Muito me espanta as vezes que eu me lembro de coisas inúteis como cores
de camisa, cheiros, jeito de olhar, texturas.
Me canso, Não sei se estou comparando você com o equinócio de inverno, com os morangos ou com a arvore. Queria mesmo é que fosse com a barata, mas tenho certeza que ela na verdade sou eu.
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